quinta-feira, 30 de junho de 2016

Calçadão, concretão, contra piso: obra da Praça da Bíblia vira piada nas redes sociais

Praça da Bíblia antes e depois
Há um bom tempo venho reparando a reação de boa parte dos moradores quanto a nova Praça da Bíblia, que foi completamente desfigurada, arrancada do centro da cidade no ano passado e reconstruída em um modelo bem diferente que não agradou a muita gente. A nova praça é chamada nas redes sociais de Calçadão da Bíblia e praça do contra piso, alusões ao concretão colocado no lugar dos antigos paralelepípedos acompanhado de alguns pergolados e bancos de madeira.

O concretão, ao léu, deu à praça características bem aquém de suas características do passado quando era o ponto de encontro das famílias tangaraenses. Quem nunca se achegou sob uma das árvores para descansar do sol escaldante? Hoje, o calçadão não oferece mais sombra para quem quer dar uma paradinha para descansar.

Os ipês lendários, com décadas de histórias foram simplesmente arrancados. Os ipês que sombrearam tantas gerações de tangaraenses e que habitaram o imaginário popular e criaram lendas como o Motosserra, figura lendária que cortava de mentirinha as árvores da praça nas décadas passadas.

Para completar, um fato me chamou a atenção: é impressão minha ou não há impermeabilização? Isso mesmo, o concretão não dá vazão para a água da chuva e os problemas futuros são iminentes.

Foram gastos cerca de R$ 800 mil para construir o calçadão, dinheiro suficiente para reformar, além da Praça da Bíblia (sem tirar suas características), praças como a dos Pioneiros e da Cohab Tarumã, completamente abandonadas.


A praça, que já foi ponto de encontro, ficou sem muita serventia, perdeu a vida e desfigurou três décadas de histórias, deixou o centro mais moderno, mas destruiu a memória de gerações e impediu a criação da memória em outras que só conhecerão a Praça da Bíblia de verdade, aquela romântica e cheia de vida, construída por Antonio Porfírio de Brito (in memoriam), através de fotos antigas.

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